quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Condições dos Aeroportos para a Copa 2014

25/08/2010 19h14 - Atualizado em 25/08/2010 19h14

Dos 16 aeroportos da Copa 2014, nove operam com gargalos

Aeroportos apresentam lotação nos horários de pico.
Apenas Galeão, no Rio de Janeiro, não tem previsão de problemas.

Marília Juste Do G1, em São Paulo

Dos 16 aeroportos que servirão aos turistas da Copa do Mundo de 2014, nas 12 cidades-sedes, nove já enfrentam gargalos durante os horários de pico, segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaria): em São Paulo (Guarulhos), Belo Horizonte (Confins), Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Cuiabá e Natal.

Os dados foram apresentados durante o Congresso sobre Transportes na Copa do Mundo, em São Paulo, nesta quarta-feira (25). O evento vai até sexta-feira (27).

Para tentar resolver o problema e também evitar excesso de demanda em outros quatro aeroportos que têm previsão de lotação até 2014 – Manaus, Recife, Viracopos (interior de São Paulo) e Pampulha (Belo Horizonte) – , a empresa pretende investir mais de R$ 6 bilhões em obras de infraestrutura.

O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, é o único da lista livre de problemas de congestionamento, atuais ou previstos, segundo Jaime Parreira, diretor de engenharia da Infraero. O Santos Dumont, também no Rio, e Congonhas, em São Paulo, têm o número de operações diárias limitadas, por estarem localizados em áreas urbanas.

A Infraero estima que o tráfego aéreo brasileiro vá crescer 51% de 2009 até 2014. Só nos dois meses da Copa do Mundo, junho e julho de 2014, a expectativa é de um novo aumento, de 10,3% -- equivalente a um tráfego de um milhão de turistas estrangeiros e um milhão e meio de viajantes domésticos.

As obras do aeroporto de Viracopos serão as primeiras a serem entregues, segundo a empresa, ainda no segundo semestre deste ano. Outras 15, do total de 25 obras previstas, só devem começar a ser entregues em 2013.

Estruturas provisórias

Enquanto as obras não ficam prontas, a Infraero pretende usar “módulos operacionais”, uma espécie de “terminal móvel”, para atender a demanda.

As estruturas dos módulos são mais rápidas de serem montadas e também mais baratas. Segundo Parreira, elas possuem todas as funcionalidades de um terminal tradicional, de banheiros a ar condicionado. Um módulo já foi instalado, como teste, no aeroporto de Florianópolis e até o fim do ano Brasília, Goiânia, Vitória, Juazeiro do Norte, Teresina, Macapá, Cuiabá, Guarulhos e Viracopos devem receber os seus. Soluções do tipo foram usadas na Alemanha, na China, na Índia e nos Estados Unidos, durante a construção de novos terminais.

Para Parreira, a solução do problema, no entanto, vai além das obras e dos módulos operacionais. “Não basta apenas crescer espaços, é preciso organizar a gestão”, afirma. “Para isso, temos algumas ações que começam imediatamente”, disse ele.

Entre as mudanças previstas estão o aumento de quiosques de autoatendimento, para agilizar tanto o embarque quanto o desembarque. “O turista pousa em Guarulhos e demora uma hora e meia para conseguir chegar no saguão. Fora as duas horas e meia que demora para chegar em São Paulo, dependendo do horário. Isso precisa ser corrigido”, afirma.

Filipe Pereira dos Reis, gerente para o Brasil da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), concorda. Para a entidade, uma forma de acelerar e facilitar a passagem de turistas por aeroportos passa por dar mais controle ao passageiro. Isso significa permitir que ele faça sozinho o processo de check-in, despacho de bagagens e embarque.

“As pesquisas revelam que os passageiros não só estão dispostos, mas querem assumir o controle desse processo”, afirma.

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Disponível em http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/08/dos-16-aeroportos-da-copa-2014-nove-operam-com-gargalos.html

Acesso em 26 ago. 2010.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Segmentação Hoteleira

Até debaixo d'água


Na luta para afugentar a crise, empresários investem em hotéis com atrações extravagantes
     
      Jules Undersea Lodge
       Hóspede no hotel submerso, na Flórida: quartos
      instalados a 7 metros de profundidade

Um dos setores do turismo que mais crescem no mundo é o dos hotéis temáticos. Nessa categoria estão inclusos resorts, hotéis-fazenda, hotéis ecológicos, clínicas especializadas na prática de esportes, spas e outros estabelecimentos que apostam na segmentação. A maior parte das pessoas conhece um hotel temático. Pouca gente, no entanto, já teve oportunidade de visitar um tipo específico de hotel que explora atrações extravagantes. É o caso do Jules Undersea Lodge, instalado debaixo d'água em um canal de navegação da costa da Flórida. Para entrar no hotel, é preciso vestir roupa de mergulho, usar pés-de-pato e balão de oxigênio e submergir a uma profundidade de 7 metros. Ao mergulhar, o visitante passa por baixo da construção e ingressa por um buraco que fica no piso do hotel. A bagagem vem depois, transportada em uma maleta à prova d'água. O Jules é minúsculo. São apenas dois quartos disponíveis, ambos com telefone e televisão. O principal charme do lugar é a enorme escotilha que fica ao lado da cama. De lá é possível observar a vida submarina local e mergulhadores que têm curiosidade de conhecer o hotel. A diária do Jules Undersea é de 300 dólares, o preço de um bom quarto em Miami.

Outro hotel curioso é o Library, em Nova York. Ele coloca à disposição de seus hóspedes um acervo de 6.000 livros. Os visitantes escolhem uma área de interesse qualquer. Pode ser história, astronomia, economia, moda e até algumas inusitadas, como erotismo. Feito isso, eles são encaminhados aos cômodos onde ficam os livros que se enquadram no tema escolhido. O Library também possui espaços coletivos dedicados a autores específicos, como James Joyce e William Shakespeare. Apesar de ser a biblioteca mais cara do mundo (a diária é de 400 dólares), o Library tem alcançado nos últimos meses uma taxa de ocupação de 80%, média maior que a da maioria dos hotéis de Nova York. A onda dos hotéis temáticos, entre os quais os exóticos estão incluídos, chama a atenção das grandes redes. O grupo Sheraton investiu 125 milhões de dólares para inaugurar no fim do ano passado o Wild Horse, um hotel no estilo Velho Oeste. Localizado no Estado do Arizona, o Wild Horse é decorado com cenários de faroeste. As principais atrações são os cavalos selvagens e o cardápio inspirado na culinária indígena.

Outros tipos de hotéis exóticos:
                       
    Ariaú Amazon Towers Hotel nas árvores da
    amazônia

     O ICEHOTEL da Suécia é construído todos
     os anos sobre o rio Torn


    Hotel Yunak Evleri na Turquia



     Junbo Hostel (Suécia)

    Galactic Suite, planejada para 2012