Na luta para afugentar a crise, empresários investem em hotéis com atrações extravagantes
Jules Undersea Lodge
Hóspede no hotel submerso, na Flórida: quartos
instalados a 7 metros de profundidade
Um dos setores do turismo que mais crescem no mundo é o dos hotéis temáticos. Nessa categoria estão inclusos resorts, hotéis-fazenda, hotéis ecológicos, clínicas especializadas na prática de esportes, spas e outros estabelecimentos que apostam na segmentação. A maior parte das pessoas conhece um hotel temático. Pouca gente, no entanto, já teve oportunidade de visitar um tipo específico de hotel que explora atrações extravagantes. É o caso do Jules Undersea Lodge, instalado debaixo d'água em um canal de navegação da costa da Flórida. Para entrar no hotel, é preciso vestir roupa de mergulho, usar pés-de-pato e balão de oxigênio e submergir a uma profundidade de 7 metros. Ao mergulhar, o visitante passa por baixo da construção e ingressa por um buraco que fica no piso do hotel. A bagagem vem depois, transportada em uma maleta à prova d'água. O Jules é minúsculo. São apenas dois quartos disponíveis, ambos com telefone e televisão. O principal charme do lugar é a enorme escotilha que fica ao lado da cama. De lá é possível observar a vida submarina local e mergulhadores que têm curiosidade de conhecer o hotel. A diária do Jules Undersea é de 300 dólares, o preço de um bom quarto em Miami.
Outro hotel curioso é o Library, em Nova York. Ele coloca à disposição de seus hóspedes um acervo de 6.000 livros. Os visitantes escolhem uma área de interesse qualquer. Pode ser história, astronomia, economia, moda e até algumas inusitadas, como erotismo. Feito isso, eles são encaminhados aos cômodos onde ficam os livros que se enquadram no tema escolhido. O Library também possui espaços coletivos dedicados a autores específicos, como James Joyce e William Shakespeare. Apesar de ser a biblioteca mais cara do mundo (a diária é de 400 dólares), o Library tem alcançado nos últimos meses uma taxa de ocupação de 80%, média maior que a da maioria dos hotéis de Nova York. A onda dos hotéis temáticos, entre os quais os exóticos estão incluídos, chama a atenção das grandes redes. O grupo Sheraton investiu 125 milhões de dólares para inaugurar no fim do ano passado o Wild Horse, um hotel no estilo Velho Oeste. Localizado no Estado do Arizona, o Wild Horse é decorado com cenários de faroeste. As principais atrações são os cavalos selvagens e o cardápio inspirado na culinária indígena.
Ariaú Amazon Towers Hotel nas árvores da
amazônia
os anos sobre o rio Torn
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Galactic Suite, planejada para 2012
Essa notícia corrobora o que os estudiosos do turismo, como o autor Victor T. C. Middleton apontam como sendo a atual tendência de segmentação da oferta turística que está cada vez mais especializada. Em um cenário de concorrência acirrada, os empresários do ramo hoteleiro apostam na criatividade e no diferencial para conseguir atender aos desejos de um consumidor mais exigente e apto a novas experiências.
ResponderExcluirÉ interessante essa sofisticação cada vez maior no ramo da hotelaria, porém não sei até que ponto os empresários vão conseguir terem um retorno financeiro esperado diante de investimentos tão altos. Sabemos que fazer o diferencial é importante, mas também não podemos esquecer que a crise consegue atingir todas as classes sociais, inclusive a classe de maior poder financeiro, a qual é acostumada a usufruir desses tipos de hospedagens.
ResponderExcluirSobre a temática vejo a idéia como ponto positivo, primeiro por se tratar de idéias inovadoras, segundo poque proporciona uma maior interação do hospede com os atrativos turístico e o local visitado. Outro fato interessante é que em muitos dos casos pelo fato do turista já está hospedado no local do atrativo há uma possiblidade de menor desgaste da localidade bem como de seus recursos por não precisar, por exemplo, de uso frequente de transporte para locomoção do turista e hospede até o atrativo. Por outro lado devem ser vista a questão do desgaste e/ou impacto ambiental que pode ocorrer no local devido a demanda de visitantes e o tempo de permanencia dos mesmos no local.
ResponderExcluirO exemplo do Jules Undersea Lodge mostra como as praias e o mar do Nordeste podem ser melhor aproveitados como atrativos turísticos, principalmente se observarmos como os empreendimentos hoteleiros no Caribe exploram cada detalhe de suas praias de forma criativa e com excelência nos serviços, com uma ampla gama de opções de lazer dentro e fora d’àgua.
ResponderExcluirNão é preciso investimentos tão altos como no hotel submerso, podemos explorar melhor a prática de esportes náuticos em nosso litoral. Como exemplo pode-se observar que na costa de Pernambuco e em seus estados vizinhos há dezenas de naufrágios que são visitados por mergulhadores não apenas de outras regiões do Brasil, como também vindos de outros Países. Porém não há uma maior divulgação dessa atividade, nem mesmo um planejamento integrado para a sua prática, que não deve se enquadrar nas características do turismo de massa já existente na Região, pois o ambiente marinho é frágil e deve-se realizar um estudo que indique a capacidade de mergulhadores que cada naufrágio suporta sem que haja prejuízo para sua preservação. Esse é apenas um exemplo das possibilidades que deixamos de explorar, e que podem servir de diferencial no cenário do turismo de sol e mar que predomina no Nordeste.