Ana Paula Moreira - Portal Uai
Com tantas mudanças ocorrendo em nosso planeta, viajar para alguns lugares do mundo pode estar com os seus dias contados, pois as mudanças climáticas podem alterar ou até mesmo eliminar cenários incríveis. Por esse motivo, que tal arrumar as malas e começar a conhecer já os destinos que podem deixar de existir ainda nesse século, como Veneza e Machu Picchu.Veneza é uma cidade italiana da região do Vêneto, província de Veneza no nordeste de Itália. É classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se a imponente Basílica de São Marcos, na adjacente Praça de São Marcos, a famosa Ponte de Rialto sobre o Grande Canal e numerosas igrejas e museus. Veneza é mundialmente famosa pelos seus canais. A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais numa lagoa rasa. As ilhas em que a cidade é construída são ligadas por cerca de 400 pontes. No velho centro, os canais servem a função de estradas, e de qualquer forma de transporte sobre a água ou a pé.
Mas, a cidade está afundando, e o nível do mar, por vários motivos, entre eles o aquecimento global, subindo. Veneza afunda 0,4 milímetro por ano. Mas o grande problema é que o nível do mar Adriático subiu 1,4 milímetro por ano no último século. Há relatos que calculam em 13 centímetros o tanto que a cidade já afundou desde 1900. A tradicional praça São Marcos já inundou centenas de vezes. A água penetra nas casas pelas tubulações de esgoto e corrói paredes que não foram preparadas para ficar molhadas.
Machu Picchu significa "velha montanha", e é também conhecida como a "cidade perdida dos Incas". É uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2.400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas. Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Mas, segundo a revista científica "New Scientist", as ruínas incas de Machu Pichu no Peru, poderão ser destruídas a qualquer momento por deslizamentos de terra. De acordo com geólogos japoneses que tem monitorado o local, o declive na parte posterior do sítio arqueológico está recuando cerca de 1 cm por mês. Os japoneses dizem acreditar que o deslocamento de terra e rochas poderia destruir Machu Pichu totalmente. Os pesquisadores calculam que poderá haver uma movimentação de terra de até 100 m de profundidade estão procurando um meio de preservar as ruínas, que atraem cerca de mil turistas por dia. Algumas edificações já foram danificadas por desabamentos. A pesquisa verificou que pequenos deslizamentos e distorções no solo já causaram danos às antigas estruturas incas.
--------------
Dísponível em: http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_37/2010/09/15/ficha_mundoela_viagem/id_sessao=37&id_noticia=28611/ficha_mundoela_viagem.shtml
Acesso em: 17 ago. 2010.
Acesso em: 17 ago. 2010.
Sem dúvida, Veneza e Macchu Pichu destacam-se no mundo do turismo por serem lugares únicos, seja pela beleza cênica, ou pela riqueza artística e cultural, e não por acaso ambas são reconhecidas como patrimônio da humanidade pela UNESCO. No entanto, percebe-se que a matéria valoriza os fenômenos climáticos atuais para induzir os leitores a viajar aos destinos citados o quanto antes, como se eles estivessem na eminência de desaparecer. É inegável que as mudanças climáticas estão acelerando, sobretudo nos últimos anos, com influência direta das atividades humanas, mas acredito que tanto Veneza quanto Macchu Pichu têm diversos argumentos (atrativos) mais fortes que os citados na matéria para continuar recebendo milhares de turistas ao longo dos próximos anos.
ResponderExcluirMas já que na reportagem se ressaltam os fenômenos naturais e as mudanças climáticas provocadas em grande parte pelo próprio homem, bem como suas influências negativas para o turismo, vale salientar como estes acontecimentos também afetam o nosso País. O litoral brasileiro é um bom exemplo, pois configura-se como nosso maior atrativo (sol e mar), tanto paro o turismo internacional quanto para o doméstico; e nas últimas décadas vem sendo observado que o avanço do mar está tornando a faixa de areia de nossas praias cada vez mais estreita, atingindo diretamente localidades onde o turismo é uma forte atividade, como no Rio de Janeiro, em Recife e em Maceió.
Assim, nossas cidades turísticas podem estar sendo mais afetadas pelas mudanças que Veneza ou Macchu Pichu, pois as obras para contenção do mar são bastante onerosas e só costumam ser iniciadas quando a situação atinge um ponto crítico, prejudicando não apenas o turismo, mas vários outros setores da sociedade, pois nossa população é tipicamente urbana e concentra-se no litoral.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÉ de estrema importancia as percepições e estudos que alertem esse tipo de ocorrencia, pois embora o alarme faça com que turístas em massa visite o atrativo nos dias decorrentes após a divulgação, a preocupação antecipada nos permite a possibilidade de planejar e pensarmos uma solução para o problema breviamente. Dentro dessa preocupação, podemos nos dá conta de que alguns desses fatores ocorrem devido ao influencias humanas, sendo assim nota-se que o aceleramento ou equilibrio, afim de sanar ou adiar os problemas, depende em boa pate de nós, pois as atuais alterações brucas sobre o natural tem ocorrido pela interferência desordenada do comportamento humano.
ResponderExcluirNa verdade há tantos outros atrativos turísticos que a cada dia é degradado de forma muito mais acelerada e de forma bem mais direta pela homem, seja Patrimônio da Humanidade ou não, em especial os patrimônios naturais.
O pior é que esses fenomenos que vem ocorrendo por causa da ação humana na natureza são antigos e não se encontram uma solução para freiá-los. Realmente estamos cada vez mais caminhado para a destruição da natureza e consequentemente das belezas paisagísticas encontradas não só em Veneza e Machu Picchu como foram citados acima, mas também em outros lugares turísticos pelo mundo afora. Enquanto alguns países desenvolvidos como os Estados unidos por exemplo, não seguir pactos pré-estabelecidos pela ONU para preservação do meio ambiente, tendo em vista a liberação de gases nocivos a atmosfera por conta da alta produção nesse país, estaremos ameaçando diversos outros patrimônios da humanidade. As pessoas também precisam se conscientizarem para essa realidade em que estamos vivendo e cuidar mais do meio ambiente, praticando a sustentabilidade em qualquer lugar que forem. Fazendo isto, estaremos evitando não apenas o desaparecimento dos belíssimos lugares turísticos, mas principalmente o desaparecimento da vida.
ResponderExcluirA mudança climática do nosso planeta é uma realidade que vem sendo agravada pela a ação predatória do homem, durante muitos séculos os recursos naturais da terra são explorados e utilizados de maneira irresponsável e suas conseqüências estão mais presentes e são sentidas e vistas por milhares de pessoas no mundo todo na forma de secas prolongadas, chuvas excessivas e o descongelamentos das calotas polares. Esse é um dos fatores apontado pelos cientistas como causador do aumento do nível dos oceanos, atingindo assim, várias cidades, como Rio de Janeiro e a nossa capital Recife. Com essa mudança que assola várias partes do mundo era de se esperar que algumas localidades receptoras fossem atingidas. Esse é mais um desafio da atividade turística, contudo, essa é a hora de nós profissionais da área darmos o exemplo e passarmos a planejar o turismo das regiões potencialmente aptas implementando ações que visem a sustentabilidade e a manutenção das localidades turísticas. Tentando ao máximo minimizar os impactos adventos naturalmente do turismo, assim beneficiando não só a atividade como todo o bem estar da humanidade.
ResponderExcluir