segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Plano de resort operado só por loiras em ilha causa polêmica


Companhia da Lituânia quer criar hotel em ilha do arquipélago das Maldivas só com funcionárias loiras

Uma companhia da Lituânia causou polêmica ao anunciar que planeja estabelecer um resort turístico em uma ilha do arquipélago das Maldivas, no Oceano Índico, totalmente gerenciado por loiras.
O resort será estabelecido pela companhia lituana Olialia, que planeja atrair os turistas empregando apenas funcionárias loiras, oferecendo voos diretos para a ilha com uma tripulação totalmente loira, incluindo pilotos.

Foto: Integrantes do grupo "Olialia pupytes", outro projeto da companhia que quer abrir resort só com loiras

A Olialia já é gerenciada e tem todas as funcionárias loiras. A companhia opera em 75 setores diferentes, fazendo produtos que vão desde programas de computador, alimentação até música pop.
A diretora da Olialia, Giedre Pukiene, afirmou que quer romper com um estereótipo das mulheres loiras menos inteligentes, algo muito difundido na região do Báltico. "Nossas garotas são muito inteligentes e são formadas", disse. "Todas elas querem fazer algo com suas vidas. Elas tem muitas ideias de negócios", acrescentou.
Críticas
O projeto do resort nas Maldivas foi divulgado neste final de semana em uma festa numa nova casa noturna da Olialia, na capital lituana, Vilnius. O resort deve ser inaugurado apenas em 2015, mas já é alvo de muitas críticas.
Quando foi anunciado em um site de notícias das Maldivas, o Minivan, em setembro, vários leitores enviaram mensagens afirmando que o projeto é discriminatório, ao potencialmente excluir a população maldívia que não seja branca das vagas de emprego. As leis locais também poderão prejudicar os planos da Olialia, já que os resorts nas Maldivas precisam contratar pelo menos 50% de funcionários locais.
Na própria Lituânia, que é um país membro da União Europeia, existe também a questão de, ao estipular o cabelo loiro como um critério para se empregar alguém, a companhia esteja indo contra as leis trabalhistas do bloco. A questão é como ficam as mulheres com cabelos grisalhos ou homens na seleção dos funcionários.
Propagandas de produtos
A diretora da companhia, Giedre Pukiene, afirma que a Olialia não discrimina ninguém e aceita todos os candidatos a uma vaga de emprego, não importando o gênero, raça, etnia ou cor do cabelo.
"Mas, descobrimos que, quando mulheres de cabelos escuros trabalham aqui, elas ficam cercadas por todas estas belas loiras, então, elas acabam tingindo o cabelo de loiro também", afirmou.
Sexista
Outras críticas afirmam que a estratégia de marketing da Olialia seria sexista, que o abuso do clichê de loiras sensuais para vender produtos possa confirmar estereótipos negativos. Todos os produtos da companhia tem propagandas que mostram loiras sensuais, em roupas justas e saltos altos em laboratórios ou em reuniões corporativas.
"É claro que eles não estão vendendo a ideia de que loiras são inteligentes", afirmou a jornalista da Letônia Sanita Jemberga, que é morena. "Eles estão vendendo a ideia de que loiras são sexy, pois sexo vende. Eles encontraram um ponto para vender, que são as mulheres loiras do Báltico e sexo."
A Olialia, por sua vez, afirma que espera dobrar seu lucro líquido anual em 2010, para US$ 10 milhões, e alega que mais de 80% dos lituanos identificam a marca. O lucro crescente da companhia lituana é apenas parte de um movimento loiro nos países Bálticos, que afirma querer libertar as mulheres do estereótipo das loiras burras. Em maio, por exemplo, um festival de loiras de dois dias ocorreu na capital da Letônia, Riga.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/plano+de+resort+operado+so+por+loiras+em+ilha+causa+polemica/n1237791725352.html

COMENTARIO - Eduardo Lima:
É fácil perceber a real intenção que está por trás da idéia da Companhia Olialia, essa estratégia de usar a sensualidade, especialmente feminina, para conquistar o público ou vender produtos, como diz a matéria, é às vezes bastante abusiva por parte de algumas instituições, principalmente em empreendimentos hoteleiros, principalmente empreendimentos hoteleiros. Além do mais o plano do Resort de só contratar loiras gera uma série de problemas sociais. Sabe-se ainda que, é fato o preconceito cultural-pejorativo que sofrem as loiras em certas culturas, todavia acredita-se mais ainda que a idéia de separar ou reunir as loiras em um empreendimento pouco ajuda a combater quaisquer preconceito.

3 comentários:

  1. É evidente que a companhia quer vender sua marca através da sensualidade das mulheres loiras, concordando plenamente com jornalista local. Essa iniciativa, inclusive, é tema de muita polêmica no que se refere a discriminação social. Cabe as autoridades locais baseada no direito da cidadnia da localidade onde será implantado o resort, tomarem providências necessárias para vetar tal iniciativa.

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  3. Concordo plenamente com a opinião da Jornalista Sanita Jemberga de que, no fundo, eles não estão vendendo a idéia de que as loiras também são inteligentes, pelo o contrário, eles estão vendendo mulheres que expressam clara conotação sexual. É perceptível que são escolhidas mulheres loiras e sensuais que provocam a imaginação dos clientes, sendo assim, atraem um tipo específico de clientela...Ora quem seria o público freqüentador desse tipo de empreendimento? Famílias, casais em lua de mel, idosos? Acho que não...Enfim, esse argumento é muito falho e não condiz com a aparente realidade. As autoridades locais devem intervir e investigar a fundo as verdadeiras intenções desses empresários. Sem falar no preconceito trabalhista contra aqueles que não se enquandram nesse perfil.Onde ficam as oportunidades de trabalho para homens, idosos e morenas? Todos tem que pintar os cabelos de loiro e usar roupas curtas para conseguir um emprego?

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